António Guterres* | opinião
Os poderes do Presidente da República existem e não mudaram desde a Constituição da RDTL foi criada. É claro que ser chefe de Estado em Timor-Leste não é como ser Presidente da República em Portugal. Maun boot Xanana Gusmão, Dr. Ramos Horta e General Taur Matan Ruak foram Presidentes muito diferentes com os mesmos poderes. Uns foram mais criativos, outros viveram períodos de crise que os levaram a pensar noutras soluções.
Há no entanto a ideia que têm sido os Presidentes a definir o que é a Presidência. Desde o ano 2002, o então Presidente da República, Maun Boot Xanana Gusmão prometeu ao povo uma presidência aberta. General Taur Matan Ruak seguiu o mesmo e queria mostrar que era o Presidente do povo e definiu a Presidência na conceção de um Presidente que se dirige diretamente à população. Enquanto Dr. Ramos Horta optou por ser um Presidente com atitude mais de congregação e consenso. A questão é sempre o mesmo: “que balanço foi feito com a implementação deste conceito? A Presidência Aberta tem vindo a dar frutos?”. É claro que todos eles mudaram um pouco a Presidência nas mais diferentes áreas; política interna e política externa.
Uma coisa é certa, Dr. Lu Ólo, o novo Presidente da República vai recuperar o conceito da Presidência aberta mas ao estilo dele. Trata-se de uma iniciativa “PENSAR JUNTOS”. E está disposto a dar tudo pelo país. Tem dito repetidas vezes que Timor-Leste precisa de abrir um tempo novo na sua história, na sua vida política. É um defensor de mudança e transparência. Contudo, se houver uma combinação perfeita entre a presidência aberta e agenda oficial do Presidente Dr. Lu Ólo, será o Presidente da República bem-sucedido e mais transparente na história de Timor-Leste.
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