Kayrala Xanana Gusmão, naran ne'ebe konnesidu tebes iha mundu, wainhira hanu'u hamutuk ho FRETILIN, no sai lider FALINTIL iha tinan 19974-1992, no iha tinan 1992, fulan novembru, loron 20, Kayrala Xanana Gusmão hetan kapturasaun hoi Team Kolakops Timor Timur, no entrega ba Pangkolakops Timor Timur Brigjen TNI Theo Syafei, no iha fim entrega ba Polwil Timor Timur hodi lori ba iha kadeia Cipinang jakarta.
Durante nia (Xanana) iha kadeia Cipinang jakarta, xanana nafatin entrega nia espiritu tomak ba rai Timor, susar no terus ne'ebe nia hasosu iha kadeia Cipinang jakarta, nia haluha hotu, tamba Independensia Timor sai motivasaun ida deit ne'ebe iha nia hanoin, ho nune'e nia (Xanana) hakerek poema ida ba rai Timor ho nia Titulu Pátria.
Tuir mai, Poema ne'ebe Kayrala Xanana Gusmão hakerek durante iha hela kadeia Cipinang jakarta:
PÁTRIA
Pátria é, pois, o sol que deu o ser
Drama, poema, tempo e o espaço,
Das gerações, que passam, forte laço
E as verdades que estamos a viver.
Pátria... é sepultura... é sofrer
De quem marca, co'a vida, um novo passo
Ao povo - uma Pátria - é, num traço
simples... Independência até morrer!
Do trabalho o berço, paz tormento,
Pátria é a vida, orgulho, a aliança
Da alegria, do amor do sentimento.
Pátria... é tradições, passado e herança!
O som da bala é... Pátria, de momento!
Pátria... é do futuro a esperança!
OH! LIBERDADE!
Se eu pudesse
pelas frias manhãs
acordar tiritando
fustigado pela ventania
que me abre a cortina do céu
e ver, do cimo dos meus montes,
o quadro roxo,
de um perturbado nascer do sol
a leste de Timor
Se eu pudesse
pelos tórridos sóis
cavalgar embevecido
de encontro a mim mesmo
nas serenas planícies do capim
e sentir o cheiro de animais
bebendo das nascentes
que murmurariam no ar
lendas de Timor
Se eu pudesse
pelas tardes de calma
sentir o cansaço
da natureza sensual
espreguiçando-se no seu suor
e ouvir contar as canseiras
sob os risos
das crianças nuas e descalças
de todo o Timor
Se eu pudesse
ao entardecer das ondas
caminhar pela areia
entregue a mim mesmo
no enlevo molhado da brisa
e tocar a imensidão do mar
num sopro da alma
que permita meditar o futuro
da ilha de Timor
Se eu pudesse
ao cantar dos grilos
falar para a lua
pelas janelas da noite
e contar-lhes romances do povo
a união inviolável dos corpos
para criar filhos
e ensinar-lhes a crescer e a amar
a Pátria Timor!
(Cipinang, 8 de Outubro de 1995)
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